Ainda que todos saibam dos riscos, os casos de embriaguez ao volante ainda são muito frequentes no trânsito brasileiro. Combinação perigosa, dirigir sob a influência de álcool é uma das principais causas de acidentes envolvendo vítimas. Em 2021, mais de 19 mil motoristas foram flagrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) dirigindo sob o efeito do álcool.
Também foram registrados cerca de 6,45 mil acidentes nas rodovias federais causados por condutores alcoolizados, com mais de 13 mil vítimas e cerca de 1.000 mortes.
A auto confiança normalmente faz com que as pessoas pensem que conhecem seu ponto de tolerância ao álcool dando essa “falsa” segurança de que podem beber e ainda estarem aptos para dirigirem. Mas, de acordo com estudos científicos não existe uma quantidade de álcool que possa ser ingerida e considerada segura para se dirigir.
São diversos fatores que influenciam a absorção e a eliminação do álcool do organismo que, ainda que em pequenas quantidades, são suficientes para comprometer a capacidade de condução.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dirigir sob a influência de álcool, independente da quantidade, ou ainda, recusar-se a fazer o teste do bafômetro, é uma infração gravíssima, com pena de multa de R$2.934,70, suspensão do direito de dirigir por um ano, recolhimento da CNH e até apreensão do veículo.
Além de figurar infração de trânsito, dirigir alcoolizado é crime, sujeito à pena de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter CNH.
O álcool no organismo
O ato de dirigir envolve ações complexas. O que muitos encaram como algo simples, automático, na verdade requer muita atenção e cuidado. O motorista deve estar sempre atento para perceber e analisar situações de perigo, bem como decidir como proceder com agilidade e precisão.
No uso de bebidas alcoólicas, o organismo absorve o álcool, que vai para a corrente sanguínea, chegando ao cérebro e comprometendo a capacidade de dirigir. Isso acontece porque alguns pontos importantes, relacionados a percepção, sofrem alteração. Por exemplo, já foi comprovado que o álcool diminui a atenção, causa desorientação e confusão mental, o que reflete na direção segura. Sendo assim, sob efeito do álcool, fica mais difícil perceber tanta informação que as vias podem representar, como outros veículos, sinalização, pedestres, entre outros.
A visão também sofre influência, fica deficitária. No caso da visão periférica ocorre uma redução interferindo na capacidade de perceber aquilo que está em volta do seu foco principal. Outro problema acontece porque a acuidade visual diminui, dificultando a visualização das placas de trânsito ou até distorcendo a noção de distâncias, por exemplo.
Portanto, está mais que comprovado que álcool e direção são uma combinação perigosa. O álcool prejudica os reflexos, a coordenação motora e deixa o condutor displicente e moroso. Dirigir após ingerir bebida alcoólica coloca em risco a vida não apenas do motorista, mas também de outras pessoas à sua volta. Pense nisso!
Assim, a opção mais segura é sempre SE FOR DIRIGIR, Nu00c3O BEBA! u200b